Meu Primeiro Avião
Uma viagem no tempo...
A magnífica e detalhista memória do autor, associada a uma imaginação diferenciada atuando com uma inteligência madura e crítica criaram esse livro de leitura extremamente agradável e divertida. Uma obra muito especial para a história do Município Dionísio – MG e todos aqueles que cresceram nas cidades do interior naqueles tempos.
Uma viagem entre a realidade e a ficção que proporciona para as gerações dos anos 1950-60 a oportunidade de recordar com preciosos detalhes o “modus vivendi” de suas infâncias e aqueles personagens típicos que marcaram época nas pequenas vilas do interior mineiro.
Para os mais novos a oportunidade de saber como viviam as crianças daqueles tempos numa típica pequena vila de Minas.
Não bastasse a excelência da contextualização o autor apresenta com suas características próprias algumas análises de questões sociais e políticas, traçando comparativos entre o passado e o presente.
Vale a pena embarcar nesse avião...
Boa viagem!

Escrever o MEU PRIMEIRO AVIÃO é um ato de reparação histórica de um fato ocorrido no meado do ano de 1949, quando a terra dionisiana foi visitada por um avião surgido graciosamente do céu.
Foi o dia mais agitado na vida do lugar até então.
Muitas dificuldades para escrever, porque tenra era a minha idade naqueles dias.
Graças aos Martins Drummond naturalmente falantes, aos Pimenta Figueiredo demasiadamente ouvidores e aos Garcia irremediavelmente realizadores os fatos foram reconstruídos.
Semelhantemente, falando aqui, escutando ali e edificando acolá a cultura do Primeiro Avião foi sendo adquirida.
Em cada canto da cidade uma dicotomia encantadora de fazer ferver o mais duro dos corações.
No outro viés, a estória, com diálogos, brincadeiras, booling, amigos, inimigos, fatos hipotéticos ou apológicos transladados numa confusão programada, a parte alegre da narrativa.
Todos se conheciam, amigos, inimigos, parentes, padrinho, madrinha, devedor, credor, nada escondido neste todo coloquial.
Escrever colocando os nomes, jamais, seria o fim de meus dias naquelas paragens. Mas, os fatos, estão ligados às pessoas que viveram àquele dia, poderão com eles serem identificados, causador com a causa. Neste caso é de responsabilidade pessoal de quem ao nome identificar.
Desafiador, divertido até jurídico conforme for o veneno.


















