Escrever o MEU PRIMEIRO AVIÃO é um ato de reparação histórica de um fato ocorrido no meado do ano de 1949, quando a terra dionisiana foi visitada por um avião surgido graciosamente do céu.
Foi o dia mais agitado na vida do lugar até então.
Muitas dificuldades para escrever, porque tenra era a minha idade naqueles dias.
Graças aos Martins Drummond naturalmente falantes, aos Pimenta Figueiredo demasiadamente ouvidores e aos Garcia irremediavelmente realizadores os fatos foram reconstruídos.
Semelhantemente, falando aqui, escutando ali e edificando acolá a cultura do Primeiro Avião foi sendo adquirida.
Em cada canto da cidade uma dicotomia encantadora de fazer ferver o mais duro dos corações.
No outro viés, a estória, com diálogos, brincadeiras, booling, amigos, inimigos, fatos hipotéticos ou apológicos transladados numa confusão programada, a parte alegre da narrativa.
Todos se conheciam, amigos, inimigos, parentes, padrinho, madrinha, devedor, credor, nada escondido neste todo coloquial.
Escrever colocando os nomes, jamais, seria o fim de meus dias naquelas paragens. Mas, os fatos, estão ligados às pessoas que viveram àquele dia, poderão com eles serem identificados, causador com a causa. Neste caso é de responsabilidade pessoal de quem ao nome identificar.
Desafiador, divertido até jurídico conforme for o veneno.
